Artigo

A SÍNDROME DE BURNOUT EM PASTORES EVANGÉLICOS: UMA REFLEXÃO SOBRE O MINISTÉRIO PASTORAL.


Adriano Mendes Diniz*

Vera Lúcia Nogueira Araújo**

 

Resumo: Nesta pesquisa objetivou-se investigar a Síndrome de Burnout causada pelo trabalho dos pastores evangélicos e identificar o porquê desta síndrome em relação ao ministério pastoral visando assim promover um melhor conhecimento sobre o tema para que se produza uma reflexão consciente dos vocacionados ao ministério pastoral protestante, ajudando assim, a um melhor enfrentamento deste problema moderno. O Burnout é resultante do mundo do trabalho e esta palavra significa metaforicamente aquilo que deixou de funcionar, demonstrando que alguém chegou ao seu limite físico ou emocional. No Brasil as pesquisas sobre Burnout ainda são incipientes quando comparadas com as pesquisas deste tema realizadas nos Estados Unidos, portanto, é relevante tratar deste assunto, principalmente quando se refere a pastores, pois segundo a consulta às obras de Golembiewski (1999), Maslach (1998) e Murofuse et al (2005) (apud TRIGO, TENG, HALLAK, 2007, p. 224) “o burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos”. Para a realização da pesquisa foi feito um levantamento em artigos e revistas científicas, em alguns livros sobre o tema Burnout e também em vários outros livros sobre a função e vocação pastoral em igrejas evangélicas. Após a coleta, as informações foram analisadas percebendo-se que o tipo de trabalho realizado pelos pastores favorece o aparecimento da Síndrome na vida de muitos deles, pois muitos não têm a preocupação de cuidar de si mesmos como procuram cuidar dos outros, além de terem características comuns como facilitadoras para o aparecimento do Burnout.

Palavras-chave: Burnout. Vocação Pastoral. Estresse

 

Abstratc: This research is aimed at investigating the Burnout Syndrome caused by the work of evangelical pastors and to identify why this syndrome affects the pastoral ministry. It aims to promote a better knowledge on the subject, to produce a conscious reflection of the vacationed to the Protestant  pastoral ministry, helping to better cope with this modern problem. Burnout is the result of the working world.  The word “burnout” metaphorically means crashed, meaning that someone has reached their physical or emotional limits.  In Brazil the research is still emerging as compared to the research on this topic in the United States.  It is important to deal with this issue, especially when it comes to pastors, because according to the works of Golembiewski (1999), Maslach (1998) and Murofuse et al (2005) (cited TRIGO, TENG, HALLAK, 2007, p. 224) "Burnout was recognized as an occupational hazard for professions involving health care, education and human services."  Research was conducted by a survey of articles and journals, some books on the topic of burnout, and also in several other books on the role and vocational ministry in evangelical churches. After collection, the data was analyzed realizing that the type of work performed by pastors encourages the development of burnout in the lives of many of them.  As many do not have the worry of taking care of themselves as seeking care for others, and have common characteristics as facilitators for the appearance of Burnout.

 

Keywords: Burnout. Pastoral Vocation. Stress

 

1 Introdução

O propósito desta pesquisa foi investigar a Síndrome de Burnout causada pelo trabalho realizado pelos pastores evangélicos e identificar o porquê desta Síndrome em relação ao trabalho pastoral, visando assim promover um melhor conhecimento sobre o tema para que se produza uma reflexão consciente dos vocacionados ao ministério pastoral protestante, ajudando assim, a um melhor enfrentamento deste problema moderno.

O sistema capitalista produziu várias mudanças tecnológicas para que houvesse sempre mais e mais produção nas empresas e com isso uma maior rentabilidade. A sociedade contemporânea valoriza a vida não ociosa, valoriza o corre-corre diário e a ocupação de todo o tempo, isto trouxe como resultado vários problemas à saúde do trabalhador, tanto em relação ao físico quanto ao psíquico, daí passou a surgir várias novas doenças relacionadas a estas mudanças no mundo do trabalho. (MUROFUSE; ABRANCHES; NAPOLEÃO, 2005).

Um problema que surge como resultante do mundo do trabalho é a Síndrome de Burnout que no jargão popular inglês, se refere àquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. É uma metáfora para significar que alguém ou algo chegou ao seu limite emocional ou físico. Este termo foi difundido e popularizado nos anos 70 pelo psicólogo clínico Freudenberger. (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p. 21).

Ainda há uma escassez em relação às pesquisas sobre o Burnout no Brasil, isso se for comparar às pesquisas que já existem nos Estados Unidos (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p. 16). Segundo a pesquisa realizada aqui no Brasil por Carlotto & Câmara (2008):

Na década de 90 surgem as primeiras teses e dissertações sobre o tema, assim como grupos de pesquisa no meio acadêmico, sendo que sua intensificação ocorreu após o ano de 2001. Atualmente existem 11 grupos de pesquisa sobre a SB cadastrados no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e 36 teses/dissertações cadastradas no banco da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). (p. 154).

Enquanto no Brasil as pesquisas são incipientes, internacionalmente já se pode encontrar um número razoável de textos que descrevem esta síndrome em várias profissões, embora no início as pesquisas sobre o Burnout fossem voltadas para categorias pertencentes à área de saúde e de educação, já existem várias produções internacionais voltadas para outras profissões. (CARLOTTO; CÂMARA, 2008).

De acordo com Lipp (2004 apud PINHEIRO & LIPP, 2009, p. 128) “algumas ocupações parecem ser mais estressantes que outras”. É bem verdade que pesquisas mostram que as ocupações que têm um nível muito elevado de estresse são aquelas que envolvem cuidado com os outros, neste caso os pastores se encaixam bem nesta condição. Através da consulta às obras de Golembiewski (1999), Maslach (1998) e Murofuse et al (2005) (apud TRIGO, TENG, HALLAK, 2007, p. 224) afirma-se que “o burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos”.

Portanto, este artigo é relevante pelo fato de não haver ainda muitas pesquisas no Brasil sobre a Síndrome de Burnout, principalmente quando se refere a pastores evangélicos.  A pesquisa visou proporcionar um maior conhecimento sobre o tema e uma melhor reflexão acerca do sofrimento resultante do trabalho, levando os sujeitos a discernirem melhor sobre o estresse e o burnout e sobre os indicadores da síndrome no ministério pastoral, possibilitando assim um melhor enfrentamento desta condição.

 

2 Delineamento Metodológico

Para o levantamento bibliográfico, buscaram-se artigos e revistas científicas acerca da Síndrome de Burnout em pastores evangélicos, na seguinte base de dados: Scielo e Google Acadêmico.  Além disso, alguns livros sobre a Síndrome de Burnout foram consultados para conhecimento geral a respeito do assunto e vários outros livros sobre a função pastoral. Após a coleta, as informações e resultados obtidos foram analisados e comparados, considerando alguns aspectos relevantes da síndrome em pastores evangélicos, como por exemplo, os principais desencadeantes e fatores de risco e as condições de trabalho.

Cervo & Bervian (1981) definem a pesquisa bibliográfica como:

A pesquisa bibliográfica pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa de campo e de laboratório. Em ambos os casos, busca conhecer as contribuições culturais ou científicas do passado... Como trabalho científico original constitui a pesquisa propriamente dita na área das ciências humanas. Como resumo de assunto constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica. (p.40).

Gil (1994) afirma que a pesquisa bibliográfica tem sua vantagem:

A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Esta vantagem se torna particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. (pp.71-72).

Gil (1994, pp. 71-72) fala sobre essa vantagem principal da pesquisa bibliográfica, mas também afirma que há uma desvantagem, pois para ele “muitas vezes as fontes secundárias apresentam dados coletados ou processados de forma equivocada. Assim, um trabalho fundamentado nessas fontes tenderá a reproduzir ou mesmo a ampliar seus erros”.

 

3 Marco Teórico

Apesar dos estudos sobre a Síndrome de Burnout em pastores serem muito escassos, percebe-se pelo tipo de trabalho que é realizado por esses homens, que há uma elevada prevalência do Burnout em situações de muita exigência no trabalho realizado e muita cobrança de um elevado padrão de conduta moral.

3.1 O Pastor e o seu Trabalho

Conforme Hoch (2001 apud OLIVEIRA, 2004, pp. 26-27) “pastor é hoje um termo muito geral e amplo, pois descreve um leque de atividades, que vão desde a prédica, o ensino, até a administração de uma paróquia ou igreja”.

O pastor, termo advindo da Bíblia, sendo uma metáfora que vem do trabalho pecuário de cuidar das ovelhas, provendo alimento, água, repouso, proteção etc. Este termo pastor é usado muito bem para com aqueles que cuidam de pessoas que fazem parte de uma comunidade religiosa cristã evangélica e têm a responsabilidade de guiá-las, protegê-las, ensiná-las etc. (OLIVEIRA, 2004, p. 27).

No Brasil ainda há poucos estudos sobre o estresse relacionado ao trabalho que os pastores realizam, porém nos Estados Unidos existem pesquisas que são muito importantes para que se compreenda melhor alguns estressores mais comuns no ministério pastoral. De acordo com Mills & Koval (1971 apud PINHEIRO & LIPP, 2009, p. 128) “a fonte estressora mais intensa é a relação da pessoa com a comunidade local, particularmente no campo dos conflitos pessoais e ideológicos”, Lee (1999 apud PINHEIRO & LIPP, 2009, p. 128) afirma que “outro forte estressor na prática pastoral diz respeito às altas expectativas que os membros das igrejas têm em relação à competência pessoal e profissional do pastor”.

O pastor não está sozinho em seu trabalho realizado na sua comunidade eclesiástica, ele, quando casado, e a maioria dos pastores são casados, trabalha em conjunto com a sua família, família esta que também sofre as pressões da comunidade cristã que espera que todos os membros da família sejam mais educados e maduros espiritualmente.

De acordo com Oliveira (2004 apud PINHEIRO & LIPP, 2009, p. 129):

Uma pesquisa envolvendo 38 pastores da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), destacou o descuido das igrejas evangélicas brasileiras para com seus respectivos clérigos. Um dos elementos que evidencia tal descuido é o nível de estresse presente em profissionais com menos de cinco anos de exercício no pastoreio, sendo que alguns, inclusive, já apresentam a síndrome de burnout.

O pastor tem características bem específicas, conforme Pinheiro & Lipp (2009):

O seu trabalho constitui um dos mais polêmicos da sociedade, exigindo um conjunto de qualidades e responsabilidades, às vezes, muito acima do que é exigido em outras profissões como, por exemplo: Integridade ética e moral; equilíbrio emocional em todos os momentos; conduta exemplar; conhecimento em diversas áreas (musical, administrativa, legal, relacional); dedicação exclusiva; proximidade relacional (costuma-se dizer no meio eclesial metodista que “o pastor/a precisa ser um amigo/a”); saúde física plena (“o/a pastor/a não pode ficar doente”); e senso de empatia. (p. 128).

Os pastores são vistos pelos fiéis como pessoas fortes e inabaláveis, como sujeitos que não sofrem problemas, pois eles estão sempre em íntima comunhão com Deus. As expectativas das pessoas são muitas em relação aos pastores, eles são os escolhidos de Deus para servir à Igreja. A natureza humana desses homens é deixada de lado, muitas vezes por eles mesmos, eles mesmos entendem que os verdadeiros pastores são aqueles que receberam um “chamado”, uma vocação divina, e esta deve ser a verdadeira motivação de um pastor. Portanto, o pastor deve sempre estar pronto para ajudar as pessoas e também estar preparado para realizar toda a obra de Deus. Este tipo de vida pastoral proporciona o surgimento do Burnout, uma das causas internas principais é o conflito de papéis conforme Lutzer (2000):

Espera-se que sejamos bons pregadores, conselheiros e administradores; temos de ter noção de publicidade e a habilidade de amar as pessoas e demonstrar isso nas relações humanas. Quando essas responsabilidades não são acompanhadas de recompensas, as pressões de tais expectativas podem levar a um senso de inutilidade e desespero. Como as pessoas procuram o pastor para receber e não para dar, os recursos emocionais dele podem se exaurir rapidamente. (p.78).

3.2 O Pastor e a sua Vocação

O pastoreio não é uma decisão por uma profissão, embora haja muitos profissionais que estão dirigindo igrejas evangélicas, o verdadeiro pastor é um homem vocacionado, ou seja, chamado por Deus. Crendo nestas palavras como Palavra de Deus, os pastores entendem que têm uma responsabilidade de cuidar da Igreja de Deus e que o próprio Deus lhes dará força para realizar esta árdua tarefa.

Cedar et al (2001) afirma:

Muitas coisas eu não entendo, mas há uma coisa de que estou plenamente convicto: chamado não é profissão ou carreira... As próprias palavras imediatamente sugerem a diferença. A palavra carreira vem do latim carraria, isto é, via carraria, que significa “caminho de carro”, “estrada”. A ideia é de uma direção em que alguém começa a andar, com o mapa na mão, mantendo o alvo em vista, com paradas ao longo do caminho para comer, dormir e abastecer o veículo... Um chamado, por outro lado, não tem mapas, nem itinerário para seguir, nem alvo para visar. O chamado depende unicamente de ouvir uma Voz. O órgão da fé são os ouvidos, não os olhos. Do começo ao fim, é algo que se discerne escutando. Tudo depende do relacionamento de quem ouve com aquele que chama. Profissões prestam-se bem formulários e currículos; um chamado, apenas a um relacionamento. Uma carreira pode ser seguida com certo grau de distanciamento pessoal; um chamado, jamais. (p. 33).

A convicção de que se é chamado por Deus é vista pelos próprios pastores como uma das ferramentas mais importantes para enfrentar os desafios da labuta pastoral. A vocação pastoral é considerada como fundamental para aqueles que exercem a função, sem ela não há como realizar a tarefa segundo a vontade de Deus, não é o pastor que escolhe estar na função pastoral, mas Deus o escolhe para fazer esse trabalho. Lutzer (2000, p. 14) diz “Não sei como alguém poderia sobreviver no ministério acreditando ser tudo apenas uma questão de escolha. Alguns ministros raramente experimentam dois dias seguidos de bonança”.

Conforme Ribeiro (1985 apud LOPES et al, 2010) a vocação tem as seguintes características:

O chamado interno, o chamado do Espírito, uma impressão sobre a mente humana, que se sente proceder de Deus, por meio de circunstâncias da vida, das emoções da alma, da convicção da consciência, dizendo ao homem que ele deve abraçar a obra do ministério como tarefa de sua vida. (p.31).

Alguns componentes são vistos como confirmação de que o indivíduo que está no pastorado ou almeja o mesmo é verdadeiramente vocacionado por Deus. Esses componentes são considerados fundamentais para aquele que almeja o pastorado. Dois componentes necessários são evidenciados por Macarthur (2004, p. 118) “a confirmação pode ser divina e de outros”, isto implica no fato de que Deus com sua soberania abre as portas necessárias quando convoca homens para pastorear a sua Igreja e lhes concede dons para que possam desempenhar bem as suas funções. Estes dons são percebidos pela própria igreja que naturalmente permite de forma amorosa e submissa ser pastoreada pelos eleitos de Deus para o pastorado. Comentando o capítulo 4 da carta do apóstolo Paulo aos Efésios, Marcarthur (2004) afirma que:

Deus chamou homens para tarefas específicas tanto no Antigo como no Novo Testamento. Ele tem os seus escolhidos para cumprir tarefas específicas durante esta era da igreja. A tarefa é a de “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” (Ef 4:12). O cumprimento dessa responsabilidade implica um aperfeiçoamento. A educação formal ou informal dada por outras pessoas pode cumpri-lo parcialmente, mas a dotação espiritual de Deus é a parte mais importante no chamado de uma pessoa para o ministério. (pp.121-122).

Contudo, ainda existe um componente que não pode faltar para aquele que é chamado por Deus para o pastorado, o elevado padrão moral do pastor, é necessário uma conduta exemplar em tudo o que se faz.

Macarthur (2004) resalta que:

Esse padrão de conduta e caráter que deve guiar o líder enquanto conduz o povo de Deus é a Palavra do Senhor. O líder qualificado é o homem da Palavra, usando-a não apenas para preparar sermões e anotações de aula, mas, acima de tudo, para preparar a si mesmo. A Bíblia não é um livro de texto, mas um manual para transformar a vida daquele que aspira à liderança. (p.127).

3.3 A Síndrome de Burnout: Breve Histórico e Conceito.

Para a sociedade moderna o trabalho é a essência na vida das pessoas, conforme Abornoz (2008, p. 24) “o indivíduo moderno encontra dificuldade em dar sentido à sua vida se não for pelo trabalho”. O trabalho na organização é bem diferente do trabalho no modelo artesanal onde havia autonomia e prazer, hoje é o labor pela sobrevivência e a desvinculação entre o trabalho e o resto da vida, conforme Albornoz (2008, p. 34) “o trabalho é alienado do trabalhador porque o produtor não detém, não possui nem domina os meios de produção” e também conforme Albornoz (2008, p. 35) “há um corte entre produtor e consumidor. Não sei mais para que se dirige o fruto do meu esforço e habilidade”. Toda mudança em relação ao significado do trabalho durante todo o seu processo histórico tem um impacto enorme na saúde física e mental do trabalhador.

Dejours (1992) segue a hipótese de que:

A organização do trabalho exerce, sobre o homem, uma ação específica, cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições, emerge um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual, portadora de projetos, de esperanças e de desejos, e uma organização de trabalho que os ignora. Esse sofrimento, de natureza mental, começa quando o homem, no trabalho, já não pode fazer nenhuma modificação na sua tarefa no sentido de torná-la mais conforme às suas necessidades fisiológicas e a seus desejos psicológicos – isso é, quando a relação homem-trabalho é bloqueada. (p. 133).

Conforme Benevides-Pereira (2002, p. 14) “o burnout passou a ter protagonismo no mundo laboral na medida em que veio a explicitar grande parte das consequências do impacto das atividades ocupacionais no trabalhador e deste na organização”.

A Síndrome de Burnout tem várias denominações como: Estresse Laboral, Estresse Laboral Assistencial, Estresse Profissional, Estresse Ocupacional, Síndrome de Esgotamento Profissional etc, porém a palavra Burnout favorece uma compreensão mais ampla da Síndrome.

Embora houvesse uma variedade de termos para descreverem o esgotamento físico e mental antes da década de 70 do século 20, vai ser nesta década que os estudos sobre a síndrome de burnout começaram a se desenvolver, os estudos mais importantes foram os de Freundenberger em 1974, e a partir deles, muitas pesquisas vieram, ampliaram e modificaram o conceito de Burnout. (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p. 14).

Araújo (2001, p. 35) demonstra que “em dicionário o verbo “burn out” é definido como “falir”, “tornar-se exausto” por demandas excessivas de energia, força ou recursos”. Já conforme Benevides-Pereira (2002, p. 21) burnout é “uma metáfora para significar aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite e, por falta de energia, não tem mais condições de desempenho físico ou mental”.

Para Codo e Vasques-Menezes (1999 apud ABREU, 2002),  burnout consiste na síndrome da desistência, pois o indivíduo, nessa situação, deixa de investir em seu trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, aparentemente, torna-se incapaz de se envolver emocionalmente com o mesmo.

Todavia, conforme Araújo (2001):

A caracterização mais utilizada é a de Maslach e Jackson (1981, p. 205) que o considera como “síndrome de esgotamento emocional, despersonalização e sentimentos de baixa auto-realização no trabalho”. Define o “esgotamento emocional” como a “diminuição dos recursos emocionais e sentimento de inutilidade”; a “despersonalização, caracterizada por atitudes progressivamente negativas, de cinismo e falta de sensibilidade para com os clientes”, e a “auto-realização diminuída, com o sentimento de ter perdido a eficiência no trabalho e de não conseguir cumprir com as responsabilidades do mesmo”. (p. 35).

Ainda segundo a pesquisadora acima citada, ocorreram mudanças de atitudes que incluem diminuição das metas de trabalho, menor responsabilidade pelos resultados deste, perda do idealismo, descaso em relação ao cliente e alienação do trabalho. O indivíduo se fecha em si mesmo, tem dúvidas sobre sua competência profissional e, um outro aspecto do mal estar afetivo relacionado ao trabalho pode ser avaliado pela exaustão emocional e despersonalização, componentes do burnout. (ARAÚJO, 2001, p. 35).

Considerando a citação acima se percebe que o Burnout é caracterizado por três aspectos principais: o esgotamento emocional, a despersonalização e os sentimentos de baixa autorrealização no trabalho. É importante frisar que a Síndrome de Burnout é consequência de um estresse crônico de profissionais que trabalham especificamente em contato com outras pessoas e que também têm grandes expectativas em relação a sua própria profissão (FRANÇA & RODRIGUES, 1999, p. 48).

A Síndrome de Burnout apresenta vários sintomas físicos, psíquicos, comportamentais e defensivos. Podemos apontar alguns deles como: Sintomas Físicos: fadiga constante e progressiva, dores musculares e osteomusculares, distúrbios do sono, cefaleia, enxaquecas, distúrbios sexuais etc. Sintomas Psíquicos: falta de atenção, de concentração, alterações de memória, impaciência, sentimento de impotência, de alienação, de solidão, etc.; Sintomas Comportamentais: irritabilidade, incremento da agressividade, incapacidade para relaxar, perda de iniciativa, suicídio etc. Sintomas Defensivos: tendência de isolamento, perda de interesse pelo trabalho, absenteísmo, ironia, cinismo, etc.

A Síndrome de Burnout já é considerada pelas leis brasileiras que servem de proteção para os trabalhadores, existe o decreto de nº 3.048/99 na Regulamentação da Previdência Social, no Anexo II que fala sobre os Agentes Patogênicos causadores de Doenças Profissionais, conforme previsto no Art.20 da Lei nº 8.213/91, se referindo aos transtornos mentais e de comportamentos relacionados com o trabalho (Capítulo V da CID-10), no inciso XII afirma a Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do Esgotamento Profissional” – Z73.0). (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p. 24).

3.4 A Síndrome de Burnout e o Estresse

A Síndrome de Burnout muitas vezes é confundida com o estresse, por isso é necessário compreender melhor o estresse para que se venha compreender o Burnout.

Segundo França & Rodrigues (1999, pp. 24-25) “o termo stress, na forma que tem sido utilizado, vem da Física e, nesse campo de conhecimento tem o sentido do grau de deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço”, para o autor, o estar estressado significa um “estado do organismo, após o esforço de adaptação, que pode produzir deformações na capacidade de resposta atingindo o comportamento mental e afetivo, o estado físico e o relacionamento com as pessoas”.

O estresse é gerado tanto por pressões internas como: pensamentos, sentimentos, emoções e fantasias ao indivíduo, quanto por pressões externas vinda do meio ambiente, principalmente o trabalho, pode-se afirmar que o indivíduo é um ser único no qual existe uma inter-relação das dimensões biológica, psicológica e social. Conforme Benevides-Pereira (2002, p. 26) “o estresse é um processo temporário de adaptação que compreende modificações físicas e mentais”. Com isso é muito importante e necessário distinguir os estímulos estressantes do estresse.

Os estímulos estressantes interferem no processo de equilíbrio do organismo, eles podem ser físicos, cognitivos ou emocionais. As respostas para estes estímulos para trazer o organismo de volta ao equilíbrio é o que se denomina estresse. “O estresse tem a função de ajustar a homeostase e de melhorar a capacidade do indivíduo, para garantir-lhe a sobrevivência ou a sobrevida”. (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p.27).

É o pesquisador Hans Selye que vai introduzir a ideia da doença relacionada com o estresse em termos da Síndrome Geral de Adaptação, esta síndrome compreende três fases de resposta ao estresse que são: a fase de alarme, a fase de resistência e a fase de exaustão. A primeira fase aponta para a resposta psicofisiológica do organismo quando o mesmo se prepara para a ação; a segunda fase se reporta a adaptação do organismo às causas do estresse, levando-o ao equilíbrio; e a terceira fase acontece quando a reação de alarme (primeira fase) é ativada muito frequentemente por um longo período de tempo esgotando assim a energia para adaptação, acontecendo a exaustão e a morte. (HESPANHOL, 2005, pp. 154-155).

Conforme França & Rodrigues (1999):

Na verdade, a todo instante estamos fazendo movimentos de adaptação, ou seja, tentativa de nos ajustarmos às mais diferentes exigências, seja do ambiente externo, seja do mundo interno – este vasto mundo de ideias, sentimentos desejos, expectativas, imagens etc. que cada um tem dentro de si... Hans Selye pôde perceber em estudos que, quando se submete um organismo a estímulos que ameacem sua homeostase (seu equilíbrio orgânico), ele tende a reagir com um conjunto de respostas específicas, que constituem uma síndrome, que é desencadeada independente da natureza do estímulo. A isso ele denominou stress. (pp. 26-27).

Deve-se frisar que nem sempre o estresse é nocivo ao organismo, pois dependendo da intensidade do estressor, as respostas podem ser estimulantes levando o indivíduo a crescer e se desenvolver, a isso se denomina eustress, porém se a resposta do indivíduo ao estímulo tiver uma má adaptação pode-se denominar distress. Há duas dimensões do estresse segundo França & Rodrigues (1999, p. 28) “o stress como processo é a tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista, o stress como estado é o resultado positivo (eustress) ou negativo (distress) do esforço gerado pela tensão mobilizada pela pessoa”.

Assim, o Burnout diferencia-se do estresse por evoluir do plano individual para o plano social, ou relacional. Segundo Maslach, Schanfeli & Heiter (2001, apud BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p.33) “Burnout é uma experiência individual específica do contexto do trabalho”. Selye (1965, p. 54) definiu o estresse como “o estado manifestado por uma síndrome específica que consiste em todas as mudanças não específicas induzidas dentro de um sistema biológico”.

Conforme Benevides-Pereira (2002):

O Burnout é a resposta a um estado prolongado de estresse, ocorre pela cronificação deste, quando os métodos de enfrentamento falharam ou foram insuficientes. Enquanto o estresse pode apresentar aspectos positivos ou negativos, o Burnout tem sempre um caráter negativo (distresse). (p.45).

3.5 A Síndrome de Burnout e o Estresse Ocupacional

Hespanhol citando o modelo de Cooper comenta as cinco categorias de causas de estresse ocupacional que podem ser citadas e resumidas como: 1) intrínsecas ao trabalho que envolve barulhos, iluminação, temperatura, sobrecarga de trabalho, perigos e riscos etc; 2) papel na organização que implica em fazer tarefas que não são especificamente do seu trabalho ou que são contra os seus valores e princípios, falta de clareza nas tarefas e de autonomia para as mesmas etc; 3) progressão na carreira que envolve promoção excessiva ou insuficiente, medo de perder o lugar que ocupa no trabalho, frustração com o trabalho etc ; 4) afinidades no trabalho corresponde ao aspecto relacional inadequado entre os que estão juntos no mesmo trabalho etc; e 5) estrutura e clima organizacional se refere a não participar das tomadas de decisão, falta de comunicação, a política da organização, estilos de liderança etc. (HESPANHOL, 2005, pp. 156-158).

Como pode ser visto até agora, a Síndrome de Burnout e o Estresse Ocupacional são síndromes consequentes do trabalho, porém o Burnout tem o diferencial que é o aspecto relacional. Para Codo e Vasques-Menezes (1999 apud ABREU, 2002) o Burnout é resultado de um estresse crônico consequente do trabalho produzindo uma “dessensibilização” para com os colegas de trabalho e para os clientes da organização, já o estresse é um esgotamento que interfere na vida da pessoa como um todo.

Benevides-Pereira (2002, p. 46) exemplifica muito bem a diferença entre Burnout e Estresse Ocupacional neste exemplo em que “Um alto executivo ou um engenheiro de sistemas podem vir a sofrer de estresse devido a dedicação excessiva e sobrecarga de trabalho, mas dificilmente desenvolverão as atitudes defensivas presentes na despersonalização.

Para esta autora o Burnout tem a mais o distanciamento emocional, ou seja, a indiferença em relação aos outros que estão em relação com o indivíduo no trabalho. Para França & Rodrigues (1999, p. 49) a empatia é prejudicada em relação às pessoas que procuram a ajuda do indivíduo e este as trata como coisas e não como humanos.

 

4 O Pastor e a Síndrome de Burnout

A comunidade evangélica tem, na sua maioria, uma visão distorcida da pessoa do pastor, ele é visto como um semideus e não como um ser humano, como um indivíduo isento das mazelas da enfermidade, do cansaço etc. Quando o pastor procura manter esta imagem idealizada, e isto diante das demandas da comunidade religiosa e pessoal, ele acaba sucumbindo a um estresse. (OLIVEIRA, 2004, p. 12).

A mesma autora questiona sobre quem é a pessoa do pastor e afirma:

Mas que é o pastor afinal? O pastor não é uma entidade: cada pastor ou pastora tem suas necessidades e características específicas, embora algumas sejam comuns ou pertinentes a todos. O pastor enquanto pessoa é sujeito a todas as questões humanas, tendo, por conseguinte, necessidades, físicas, emocionais e espirituais, entre outras. A busca pela realização pessoal, familiar e vocacional (profissional) é relatada por aqueles que se dedicam ao cuidado dos outros, mas nem sempre acontece das comunidades de fé atentarem para as necessidades de seus pastores. (p. 52).

Conforme Lee (1999, apud PINHEIRO & LIPP, 2009, p. 128) viver as altas expectativas dos membros das igrejas cristãs evangélicas em relação à competência pessoal e profissional é um fator que produz muito estresse para com os pastores, isso não envolve apenas a pessoa do pastor, mas também a sua família.

O trabalho do pastor talvez seja o único que envolve diretamente a sua família no mesmo, isso produz um desgaste muito grande, não só para o pastor, mas também para a sua família. Mendonça & Velasques (1990, apud OLIVEIRA, 2004) afirma que:

A casa, a família e a vida privada ou pública do pastor são mais vigiadas que as de qualquer outro membro da comunidade. A esposa do pastor também é alvo de vigilância dobrada [...] Mas os mais sacrificados talvez sejam os filhos. Eles devem ser modelos para todos, sem direito a serem crianças ou adolescentes normais como os demais de sua idade. Os problemas que afetam a vida conjugal do pastor ou que envolvam seus filhos não podem ser de conhecimento da comunidade. (p. 89).

Além disso, o pastor que tem como função principal cuidar de outros não é um bom cuidador de si mesmo, pois conforme Oliveira (2004, p. 79) “o descuido ou a falta de cuidado se revelam não como uma proposta consciente, mas como uma impossibilidade de reagir às demandas, ou certa passividade frente às exigências desmedidas”. Portanto, este cuidador está suscetível a enfrentar a Síndrome de Burnout, que também, de acordo com Porteiro e Ruiz (1998, apud MORAIS, 2008, P. 56) é “chamada de a Síndrome do Assistente Desassistido”.

Muitos pastores são temerosos em demonstrar seus sentimentos, geralmente procuram esconder suas emoções, pois para muitos da comunidade, isso seria um sinal de fraqueza do seu líder. Esse mascaramento contendo as emoções pode provocar vários sintomas físicos e esgotamento emocional levando-os à depressão e a fugas da realidade através do uso de entorpecentes. (OLIVEIRA, 2004, p. 84).

A mesma autora comenta sobre a solidão, outra característica comum entre os pastores, para ela essa solidão é existencial e não física, ela se percebe pelo fato da maioria dos pastores não terem com quem desabafar. Isso é uma consequência da tradição protestante de se eliminar a confissão auricular presente no catolicismo e enfatizar a confissão a sós, somente a Deus, também expressa o temor de expor as fraquezas e dificuldade de confiar em outros pastores, pois o próprio isolamento pastoral impede o surgimento de verdadeiras amizades. (p. 88).

Numa pesquisa feita sobre a depressão em 13 pastores, cinco deles relataram que as causas eram o estresse causado pelo exercício da atividade pastoral. (DEUS, 2009, p. 197). São muitos os estressores no ministério pastoral, na pesquisa de Pinheiro & Lipp (2009) são apontadas como as principais fontes estressoras: “a) preocupação com a educação dos filhos frente às mudanças de residência; b) ter que sujeitar-se ao processo de nomeação pastoral; c) ter que negociar os subsídios pastorais com a administração da igreja”.

Conforme Deus (2009, p. 199) “o pastor, líder carismático, ungido, investido da imagem do “homem de Deus” na comunidade, tem que estar sempre pronto e disponível para as atividades pastorais”. Segundo o mesmo autor o pastor está sujeito a viver com mais facilidade variadas emoções desgastando imensamente:

Essas atividades frequentemente demandam uma alternância de emoções: sepultamento pela manhã, reunião de liderança à tarde, casamento em final de tarde e culto à noite; ou seja, a vivência, num mesmo dia, da dor e do luto, o exercício da lógica e a preocupação, a celebração de momento de alegria, prédica e exortação; e atreladas a essas atividades, todas as emoções sentidas, expressas e contidas pelo veículo sagrado. (p. 199).

Este tipo de trabalho favorece o aparecimento do Burnout, Morais (2008, p. 61) afirma que “o burnout ocorreria, portanto, quando os recursos pessoais se mostram inaptos e insuficientes para atender às demandas ou, também, quando não se obtém o retorno esperado. Diz-se nessas circunstâncias que faltam estratégias para um enfrentamento adequado”.

O pastor é um homem de muita influência, pois ali no púlpito ele se destaca entre os demais da comunidade e torna-se um modelo de homem ideal, este poder que ele tem leva-o também a querer mantê-lo procurando satisfazer sempre a fantasia da imagem que é idealizada sobre a sua pessoa pela comunidade, para se manter essa imagem fantasiosa se requer muita despersonalização e fragmentação do sujeito, levando-o a crises nervosas, desestruturação da família e burnout. (Faria, apud OLIVEIRA, 2004, pp. 94-95).

Isto se coaduna com o que Benevides-Pereira (2002, pp. 59-63) alista em relação às características do trabalho que são causadoras do burnout, sendo as mais comuns no trabalho pastoral: “o tipo de ocupação, sobrecarga, conflito de papel e responsabilidade”.

 

5 Considerações Finais

Verificou-se nesta pesquisa que o assunto Burnout é bastante complexo, pois pode ser confundido com o estresse ou estresse ocupacional, além disso, não se encontra no Brasil material suficiente que possa favorecer uma pesquisa bibliográfica mais abrangente acerca da Síndrome de Burnout em pastores evangélicos, o tema ainda é pouco conhecido e pouco divulgado no meio da comunidade evangélica. Mesmo assim, ficou claro que o tipo de trabalho realizado pelos pastores favorece o aparecimento da Síndrome na vida de muitos deles, pois muitos não têm a preocupação de cuidar de si mesmos como procuram cuidar dos outros.

Estes líderes têm características comuns como facilitadoras para o aparecimento da Síndrome de Burnout como: dificuldade de demonstrar seus sentimentos para não demonstrar fraquezas e assim manter a imagem idealizada que a comunidade evangélica tem deles; solidão existencial e falta de outra pessoa para que eles possam desabafar; a facilidade de viverem variadas emoções como, por exemplo, a morte de algum membro da comunidade ou o casamento de outro em espaço de tempo muito curto, acontecendo às vezes no mesmo dia; pressão da comunidade em relação à vida perfeita que eles e suas famílias devam ter provocando isto muito estresse e vários conflitos na própria família pastoral etc.

Esta pesquisa contribui de forma valiosa como fonte de conhecimento e reflexão para a comunidade acadêmica de modo geral, especificamente para psicólogos e pastores evangélicos. Aqui não houve o interesse de apresentar a prevenção e intervenção na Síndrome de Burnout em pastores evangélicos, visto que envolveria uma demanda enorme de material bibliográfico e uma disposição de tempo para este investimento, porém vê-se que é importantíssimo que este assunto seja pesquisado e divulgado promovendo assim grande benefício tanto à comunidade acadêmica, quanto aos vocacionados ao ministério pastoral e a comunidade cristã evangélica geral.

 

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*Adriano Mendes Diniz, é aluno do 10º período do curso de Psicologia na Faculdade Estácio do Recife. Estagiário da Clínica de Psicologia da Faculdade Estácio do Recife na área de Psicanálise. Endereço pessoal: Rua Jornalista Hercílio Celso, 495, Aptº 104, Candeias, Jaboatão dos Guararapes, PE. Email: pradrianomendes@hotmail.com

**Vera Lúcia Nogueira Araújo, Docente do curso de graduação de Psicologia da Faculdade Estácio do Recife - FIR, Mestra em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo. Pesquisadora da UNIPECLIN/UPE. Email: Contato: veranog@hotmail.com

DATA DA ATUALIZAÇÃO: 21/10/2022